quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Fenômeno Magnético

Reunião pública de 28-8-59.
Questão 427  (Livro dos Espíritos)

Quem admite, hoje, o Fenômeno Magnético por novidade, se esquece, naturalmente, de que, no Egito dos Ramsés, velho papiro, trazido aos nossos dias, já preceituava quanto ao magnetismo curativo:

- “Pousa a tua mão sobre o doente e acalma a dor, afirmando que a dor desaparece”.

Séculos transcorreram, até que ele adquirisse extensa popularidade, com as demonstrações de Mesmer e atravessasse, tímido, o pórtico da experimentação científica, com personalidades marcantes, quais sejam Jaime Braid e Durand de Gros, Charcot e Liebault.

E, nos tempos últimos, ei-lo em foco, desde os mais avançados gabinetes das ciências psicológicas, até os espetáculos públicos, nos quais a hipnose é conduzida, indiscriminadamente, para fins diversos.

Entretanto, importa considerar que é justamente em Nosso Senhor Jesus Cristo que ele atinge o seu ponto mais alto, na Humanidade.

Todavia, não se vale dele o Senhor para alardear os poderes que lhe exornam o Espírito.

Não lhe mobiliza os recursos para impressionar sem proveito.

Não lhe requisita os valores para discussões estéreis.

Não lhe concentra as possibilidades para a defesa de si próprio.

Jesus é o Amor Divino alongando os braços à angústia humana.

Estende a mão e cegos vêm, paralíticos se levantam, feridentos se alimpam e obsediados se recuperam.

Fita a Madalena, em casa de Simão, e dá-lhe forças para que se liberte das entidades sombrias, que a subjugam; contempla Zaqueu, no sicômoro, e modifica-lhe as noções da riqueza material; fixa Judas, no cenáculo, e o companheiro infeliz foge apressado, incapaz de suportar-lhe a presença e endereça a Pedro um simples olhar das grades da prisão e o amigo, que o negara, o pranteia amargamente.

Ainda assim, não se detém nos casos particulares.

Junto ao povo, tempera cada manifestação com autoridade e doçura, humildade e comando, respeito e compreensão.

De ninguém indaga a prática religiosa para fazer o bem.

No ensinamento, utiliza parábolas para não ferir seja a quem for.

A todos oferece o apaziguamento da alma, antes da cura física.

Não procura os poderosos da Terra para qualquer entendimento e, sim, busca, de preferência, os que passam curvados, sob o jugo das aflições.

Não se faz precedido de arautos e batedores da opinião.

Não demanda lugares especiais para a exibição dos fenômenos, que lhe vertem das faculdades sublimes.

E para imprimir o magnetismo divino da Boa Nova, na mente popular, traça no monte, as bem-aventuranças da vida eterna, proclamando veementemente:

“Felizes os humildes de espírito, porque a eles toca o reino dos céus.

Felizes os que choram porque serão consolados

Felizes os afáveis, porque possuirão a terra.

Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos.

Felizes os misericordiosos, porque obterão misericórdia.

Felizes os que trazem consigo o coração puro, porque sentirão a presença de deus.

Felizes os pacíficos e os pacificadores, porque serão chamados filhos do Altíssimo.

Felizes os que forem perseguidos, sem causa, porque o reino dos Céus lhes pertence".

Se te afeiçoas, assim, ao fenômeno magnético, seja qual for o filão de tuas atividades, poderás estudá-lo e incrementá-lo, estende-lo e defini-lo, mas, para que dele faças motivo de santidade e honra, somente em Jesus Cristo encontrarás o luminoso e indiscutível padrão.

Emmanuel
Do Livro Religião dos Espiritos
Francisco Cândido Xavier

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