sexta-feira, 13 de abril de 2012

Dizes-te

Dizes-te pobre;
Entretanto, milionários de todas as procedências dar-te-iam larga fortuna por ínfima parte do tesouro de tua fé.

Dizes-te desorientado;
Contudo legiões de companheiros, cujo passo a cegueira física entenebrece, comprar-te-iam por alta recompensa leve migalha da visão que te favorece, para contemplarem pequena faixa da Natureza.

Dizes-te impedido de praticar o bem;
Todavia, multidões de pessoas algemadas aos catres da enfermidade oferecer-te-iam bolsas repletas por insignificante recurso da locomoção com que te deslocas, de maneira a se exercitarem no auxilio aos outros.

Dizes-te desanimado,
Sem recordares, porem de que vastas fileiras de mutilados estariam dispostos a adquirir, com a mais elevada quota de ouro, a riqueza de teus pés e a bênção de teus braços.

Dizes-te em provação,
Mas olvidas que, na triste enxovia dos manicômios, inúmeros sofredores cederiam quanto possuem para que lhes desses um pouco de equilíbrio e de lucidez.

Dizes-te impossibilitado de ajudar com a luz da palavra,
No entanto, mudos incontáveis fariam sacrifícios ingentes para deter algum recurso do verbo claro que te vibra na boca.

Dizes-te desamparado;
Entretanto, milhões de criaturas dariam tudo o que lhes define a posse na vida para usar um corpo harmônico qual o teu, a fim de socorrerem os filhos da expiação e do sofrimento.

Por que és, não lavres certidão de incapacidade contra ti mesmo.
Lembra-te:
Que um sorriso de confiança,
Uma prece de ternura,
Uma frase de bom ânimo
Um gesto de solidariedade,
E um minuto de paz não tem preço na Terra.
Antes de censurar o irmão que traz consigo a prova esfogueante das grandes propriedades, sai de ti mesmo e auxilia o próximo que, muita vez, espera simplesmente uma palavra de entendimento e de reconforto, para transferi-se da treva à luz.
E, então, perceberás que a beneficência é o cofre que devolve patrimônios temporariamente guardados a distância das necessidades alheias, e que a caridade, lídima e pura, é amor sempre vivo, a fluir, incessante, do amor de Deus.

Do Livro Religião dos Espiritos
Reunião pública de 23-2-59
Questão nº 888
Ditado pelo Espírito de Emmanuel
Psicografado por Francisco Cândido Xavier


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