quarta-feira, 11 de março de 2015

Gentileza


O trĂ¢nsito, como se faz frequente nas grandes cidades, estava atribulado, agitado mesmo.
Todos aparentavam ter a maior pressa em alcançar seus objetivos, em vencer o trajeto que parecia longo demais, devido Ă  lentidĂ£o do trĂ¡fego.
Em uma dessas brechas do trĂ¢nsito Ă© que Lucas, na Ă¢nsia de vencer mais alguns metros, tentou uma manobra para mudar rapidamente de pista.
NĂ£o percebeu, porĂ©m, o carro que vinha logo atrĂ¡s, obrigando o motorista a frear com rapidez. A buzinada veio logo em seguida, as palavras ditas com violĂªncia, que jĂ¡ podia escutar.
No prĂ³ximo sinaleiro, os dois carros emparelharam. Lucas desceu o vidro do carro e dirigiu-se ao motorista que o havia xingado.
Esse, ainda vermelho pelo acontecimento de hĂ¡ pouco, preparou-se para a guerra verbal, que imaginou deveria iniciar naquele momento.
Foi quando Lucas, gentilmente lhe disse: Desculpe-me a mĂ¡ conduta. Foi pressa e distraĂ§Ă£o. Perdoe-me o que lhe causei.
O semblante carregado do motorista vizinho foi substituĂ­do pela surpresa quase que de imediato. AtĂ´nito pela resposta que nĂ£o esperava, desarmou-se da briga que jĂ¡ planejava.
E, rendido pela gentileza, abriu largo sorriso e respondeu: Imagine, meu amigo, nĂ£o foi nada. Isso acontece com todo mundo!

* * *

Quantos de nĂ³s esquecemos da gentileza como a ferramenta para lidar com as situações difĂ­ceis do nosso cotidiano?
Reclamamos da virulĂªncia das pessoas, nos queixamos de como elas sĂ£o Ă¡speras e rudes, mas, muitas vezes, nos utilizamos das mesmas atitudes.
É bem verdade que o fim da histĂ³ria poderia ser outro, se Lucas nĂ£o fosse gentil e educado. Se fosse agressivo, ao invĂ©s de receber um sorriso de compreensĂ£o, carregaria consigo a raiva e o destempero do outro.
Dessa forma, somos nĂ³s que carregamos a possibilidade de escolher nossas ferramentas no trato com o prĂ³ximo.
Quando alguĂ©m Ă© Ă¡spero, como agir? Se o outro nos trata com grosseria, como nos comportarmos?
SerĂ¡ sempre a gentileza o toque especial que nĂ£o nos permitirĂ¡ cair nessas armadilhas que comumente encontramos em nosso dia a dia.
Gentileza Ă© o que podemos oferecer para deixar o dia mais leve, os relacionamentos menos difĂ­ceis, o cotidiano mais ameno.
E como disse alguém: Gentileza gera gentileza.
HaverĂ¡ naturalmente aqueles que ainda nĂ£o conseguem perceber a gentileza que lhes Ă© ofertada, e que desprezam tal fato, agindo indiferentemente na sua habitual rudeza.
PorĂ©m, que nĂ£o sejam esses, nas suas dificuldades, a nos convencerem que nĂ£o vale a pena ser gentil.
A gentileza sempre serĂ¡ a melhor opĂ§Ă£o para nossas atitudes, ensaiando nossa alma para conquistas maiores, representando os primeiros passos para a compreensĂ£o e a caridade para com nosso semelhante.

* * *

Gentileza Ă© expressĂ£o de cordialidade e de afeto.
NĂ£o acreditemos que a falta de tempo possa ser responsabilizada pelos deslizes para com a gentileza, no trato diĂ¡rio com as pessoas.
O gesto gentil abre horizontes novos ao entendimento e ao melhor viver no mundo.



RedaĂ§Ă£o do Momento EspĂ­rita, com pensamento final colhido no
vocĂ¡bulo Gentileza, do livro RepositĂ³rio de sabedoria, v. 1, pelo EspĂ­rito
Joanna de Ă‚ngelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.
Em 21.09.2012.

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